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Racismo: Frei David Santos pede indenização de 10 milhões do LinkedIn

Várias empresas privadas estão com dificuldades de manter anúncios de vagas afirmativas na rede social LinkedIn. Frei David Santos, diretor executivo da organização não-governamental Educafro, entrou com uma ação civil pública por danos coletivos contra a empresa. “O que estão fazendo na surdina é um atentado à comunidade negra e à norma constitucional brasileira”, acusa.
A empresa possui quase 750 milhões de usuários e está presente em praticamente em todos os países. Ao excluir anúncios de vagas exclusivas ou prioritárias a pessoas negras e indígenas, o LinkedIn é acusado da prática de racismo. A Educafro entrou com a ação pedindo uma indenização de 10 milhões de reais em 23 de março. Ao tomar conhecimento da ação, a empresa agora tenta um acordo para que se retire o processo. “É um problema internacional. Entramos em contato com o movimento negro norte-americano e constatamos que isso também vem ocorrendo lá fora. O assunto é grave e urgente”, diz o diretor.
A Educafro, junto à Frente Nacional Antirracista, rede de entidades do Movimento Negro não-formalizada, e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, associação civil sem fins lucrativos, elaboraram um documento exigindo da rede social ações de práticas antirracistas e medidas de promoção da equidade racial, acompanhadas do dever de indenizar por danos morais coletivos.
A plataforma LinkedIn, com sede em Sunnyvale, Califórnia, já se manifestou anteriormente comunicando que suas políticas são aplicadas a todos os usuários, e orientando que “as vagas não especifiquem preferências ou requisitos relacionados a características individuais, como idade, sexo, religião, etnia, raça ou orientação sexual”. A rede social foi lançada por Reid Hoffman em 5 de maio de 2003 e comprada pela Microsoft em 2016.
